quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Batons novos: Marchetti 69 e 73

Se meus planos de Halloween não tivessem sido boicotados eu estaria postando sobre a minha sensacional maquiagem de Starchild mas eu tive que analisar as prioridades, e essa façanha envolvendo meu creme Victoria's Secrets e um punhado de farinha de trigo pôde ficar pra depois.

Só que eu não ignorei a parte da maquiagem. Claro que não! E durante um passeio sob o sol escaldante, nas ruas do Méier acabei comprando dois batons novos.
Alguém já viu aquela filme da Hilary Duff, Material Girls?? Ela e a irmã são herdeiras da fábrica de cosméticos Marchetta, blá blá blá... E surpresa! Os cosméticos Marchetta existem e eu acabei de adquiri-los. Mentira! É quase isso, é Marchetti. #xateada

Enfim, não vou fazer uma resenha porque não tenho talento para isso, deixe isso com as especialistas (aqui e aqui). Só digo que experimentei na loja, cheguei em casa suando em bicas, lavei o rosto e ainda sobrou um pouco da cor. (y)

O fato é que gostei muito dessas cores pelo "quê" vintage. A cor 69 é rosa-alaranjado/laranja-rosado um tanto romântico, algo que me remete aos anos 1940 ou 50; já o 73 é meio roxinho com um toque rosa também, que fez eu me sentir uma garota ousada dos anos 1980. hahahaha ~andando na Sunset Strip, please~

Com eu simplesmente ADORO tudo o que é vintage, tudo que me lembre décadas passadas não deixei passar a oportunidade. Com certeza essas batons farão a diferença em alguma produção minha!

R$6,25 cada.



 As cores saíram mais escuras do que eu pretendia. 


xx... até mais, Marianna!


terça-feira, 30 de outubro de 2012

2 x ROCK : Cinderella e Def Leppard

Há alguns anos atrás eu "descobri" por acidente duas bandas de Hard Rock/Glam Metal, e que vieram a fazer parte da minha lista de favoritas.

Tudo aconteceu enquanto eu assistia a alguns clipes da banda Skid Row. Estava bastante interessada nessa cultura oitentista e tudo mais, e querendo ampliar o meu conhecimento dei uma olhada nos vídeos relacionados ao clipe do Skid e lá estavam Cinderella e Def Leppard.

Ambas fizeram muito sucesso nos anos 80/90 mas infelizmente, por aqui no Brasil, foram esquecidas pelo grande público. Sinceramente acho que um som tão bom quanto o desses caras devia permanecer tão valorizado pela mídia quanto, por exemplo, Bon Jovi e Guns N' Roses (que também gosto demais!).

Bem o fato é que, na minha humilde opinião, essa foi uma das minhas "descobertas" de maior valor. E foi logo amor ao primeiro acorde. Boa música nunca, NUNCA, é demais! :)

A 1ª do Cinderella que eu ouvi foi "Don't know what you got (till it's gone)" porém eu gosto muito de "Shelter Me", da musicalidade, da letra...

No caso do Def Leppard, o big single deles é uma daquelas músicas que fica subconsciente! Assim que eu ouvi "Pour some sugar on me" me lembrei dela... Nem sei de onde. 
No entanto preferi colocar "Animal" para esse refrão grudar logo na cabeça de vocês, lindos! :P

SUGESTÕES:
Don't know what you got (till it's gone) - Cinderella
The last mile - Cinderella
Gypsy road - Cinderella
Noboby's fool - Cinderella
Dead man's road - Cinderella
Hysteria - Def Leppard
Rock of ages - Def Leppard
Photograph - Def Leppard
Armageddon it - Def Leppard
(pesquisem mais, tem muuuitas outras ótimas...)

Def Leppard (esquerda); Cinderella (direita)



Façam bom proveito! haha
Até mais! xx... Marianna

domingo, 28 de outubro de 2012

Vixen Vintage: Melting lipsticks, por Solanah

Versão traduzida de um post do blog Vixen Vintage, um dos meus favoritos!

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"No outro dia eu perguntei aos meu adoráveis leitores na minha página do Facebook e no Twitter se vocês já  experimentaram uma "mistura" de batons. Parece que ninguém usou isso antes, e pesquisando sobre isso na internet, me pareceu um pouco inútil comprar um e usá-lo apenas uma vez e depois ter só por ter. Ficando lá. Ocupando espaço. Então, em vez disso, eu decidi derreter estes e colocar a nova cor num velho recipiente de batom, que funcionou muito bem!

Com sorte Lydia do The Vintage Mama sugeriu que eu o fizesse no banho maria, pois assim o batom não iria queimar. Como eu não tenho um kit próprio para isso, pus a água para ferver em uma panela média e dentro coloquei uma panela menor com os pedaços de batom. Funcionou encantadoramente bem!

Os batons que eu escolhi foram todos em tom avermelhado, alguns foscos, alguns escuros e outros que eu não tinha o costume de usar. Também adicionei o resto do batom que veio no pote, e assim o resultado foi uma cor de frutas vermelhas, com um brilho de verão. Uma vez que será preciso um pincel para aplicá-lo, ele ficará em casa, e na minha bolsa eu levarei um outro batom, simples e bonito!


.....Edição atrasada: dicas dos leitores (Porque vocês são fantásticos)...

.....Misture com gloss ou manteiga de cacau para obter um batom autêntico...
.....Despeje a mistura em tubos de brilho labial, latinhas de drops, ou velhas paletas de maquiagem...
.....Forre a panela e a espátula com papel, o que vai facilitar a limpeza...
.....Para criar um "batom" - uma bala - passe uma folha por uma forma cilíndrica, derramando o líquido dentro. Ponha no congelador, retire o papel e ponha num tubo de batom limpo..."

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Espero que vocês tenham gostado! E fico muito satisfeita em divulgar o trabalho dessa linda aqui no Brasil, para quem ainda não conhece...

Até breve. Marianna xx

Um belo domingo de sol + McFly: Love is easy

Sabe um daqueles dias em que você está mais feliz que o normal, sem um motivo aparente? Bem, esse domingo amanheceu exatamente assim para mim. É uma das melhores sensações se sentir alegre e bem disposta.

Em homenagem ao dia de hoje vamos ouvir a música nova do McFly, com clipe lançado nesse último dia 11.

Só um belo dia combinado com Tom, Danny, Dougie e Harry para me fazer ter um ataque de fofura. 

Aaaaaawn, mas esse vídeo é tão romântico, tão alegre, fofo, singelo... Tão, tão, easy

#amamosmusiquinhascomukulele

Por enquanto é apenas isso. Até mais gente! xx
Marianna.

domingo, 21 de outubro de 2012

Projeto Saraiva de Bolso + Editora Nova Fronteira

Livros para todos


  "Esta coleção é uma iniciativa da Livraria Saraiva em parceria com a Editora Nova Fronteira que traz para o leitor brasileiro uma nova opção em livros de bolso. Com apuro editorial e gráfico, textos integrais, qualidades nas traduções e uma seleção ampla de títulos, a Coleção Saraiva de Bolso reúne o melhor da literatura clássica e moderna ao publicar as obras dos principais autores brasileiros e estrangeiros que tanto influenciam o nosso jeito de pensar.

  Ficção, poesia, teatro, ciências humanas, literatura infantojuvenil, entre outros textos, estão contemplados numa espécie de biblioteca básica recomendável a todo leitor, jovem ou experimentado. Livros dos quais ouvimos falar o tempo inteiro, que são citados, estudados nas escolas e universidades e recomendados pelos amigos.

  Com lançamentos mensais, os livros da coleção podem acompanhá-lo a qualquer lugar: cabem em todos bolsos. São portáteis, contemporâneos e, muito importante, têm preços bastantes acessíveis.

  Reafirmando o compromisso da Livraria Saraiva e da Editora Nova Fronteira com a educação e a cultura do Brasil, a Saraiva de Bolso convida você a participar dessa grande e única aventura humana: a leitura.

  Saraiva de Bolso. Leve com você."


Bons livros e bons preços. Eu não poderia querer coisa melhor!

Fiquei muito satisfeita quando me deparei com esses pequeninos exemplares de grandes títulos na livraria Saraiva do Shopping Iguatemi aqui do Rio. Fiquei um bom tempo remexendo neles e me deparei com Albert Einstein, Machado de Assis, Agatha Christie, Bram Stoker, Jane Austen e muitos outros.

Já tenho uma queda pela editora Martin Claret e suas edições de bolso de livros - na minha opinião - excepcionais, mas por onde eu moro é meio difícil de achar publicações da Martin então essa nova empreitada da livraria que é uma das mais populares do Brasil vai fazer um bem enorme para leitores sedentos e com... digamos... baixo poder aquisitivo como eu!

Prós e contras:
- Edição DE BOLSO. Letras em tamanho reduzido, páginas pequenas, delicado. Se você tem algum problema de visão e coisa e tal veja bem se vai conseguir ler e se isso não vai te prejudicar mais ainda.

Minha mãezinha coitada...

- Edição DE BOLSO. Não sei se cabe num bolso mesmo - no da bermuda cargo horrorosa do meu pai cabe! haha - mas é bem útil pra que gosta de carregar um monte de coisa na bolsa. Medi o meu e é algo como 11x15cm... Quase não ocupa espaço e é bom para ler no ônibus! Dá para segurar com uma das mãos e deixar o outra livre para se apoiar e assim não cair por cima das pessoas. Digo por experiência própria. 

Pobre velhinha...


Ah, comprei um é claro! O escolhido foi Emma, de Jane Austen que eu já estava namorando faz tempo. Comecei hoje e já estou gostando bastante. 

Por hoje é só.
Beijos, até mais!! :)


terça-feira, 16 de outubro de 2012

Fanfiction: I am May... Mary May

Tem um tempinho já que eu fiquei sabendo que o site em que eu postava minhas fanfics, o Nyah!, não irá mais permitir que histórias com personagens não originais (bandas, atores, atrizes, cantores, personagens de filmes...) sejam publicadas. E isso é meio triste porque eu criei várias fantasias com o Axl Rose... hahaha.

O problema é que eu não quero perder meus textos então vou publicá-los aqui. Sei que tem risco de plágio e tal mas é a única solução imediata em que pude pensar.

Então, enjoy it!

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I am May... Mary May

Estou enfrentando um grande dilema, minha filha está com problemas na escola e veio conversar comigo esta noite. Ela me pediu que a autorizasse a morar com minha tia avó em Nashville, e realmente não estou disposta a deixá-la morar sozinha no campo com uma velha que já está mais "pra lá do que pra cá". O grande desafio é argumentar que ela não pode já que Sarah descobriu que saí de casa aos dezesseis anos...
Nunca fui rebelde, pelo menos não externava isso, pensava que seria uma atitude nada cortês da minha parte expressar o que se passava na minha cabeça. Eram muitas coisas. Embora obediente e religiosa eu costumava contestar muitas doutrinas e comportamentos dos que me rodeavam, em pensamento.
Mesmo tentando camuflar, algo em minha personalidade sempre soou diferente e em consequência era rejeitada. O meu humor negro e ironia eram ótimas armas até onde pude aguentar. Mas uma fatídica tarde de trabalhos sociais na Igreja encerrou minha inocência adolescente.
– É um pesadelo ajudar os pobres, chegar perto deles me dá nojo! Heather Lynn cochichava com Amber Lucydi no canto do salão. Me encontrava escondida atrás da arara de roupas doadas, remexendo em uma caixa de qualquer coisa para beber - Pelo menos a enjeitada está aqui, podemos rir um pouco.
– Hum, ela é bem esquisitinha mesmo. Tem sempre alguma coisa errada nela, aquelas roupas meio frouxas, aquele cabelo nojento desgrenhado. Acho que a palavra é desajustada. Amber fabricava caretas enquanto tentava me descrever.
– Sabe, ela é cheirosa mas parece suja. É inteligente e tão idiota. Talvez seja até bonita... Se fosse um garoto! As duas gargalhavam alto - Me parece uma aberração dessas de circo! Deus, e aquela jaqueta horrorosa dos anos 60?
– Nem a velha da senhora Dasburry gosta dela. Como ela disse?... Ah sim, garota satânica. As gargalhadas eram cada vez mais altas.
Os xingamentos não me feriram de modo algum, engraçado, eu até gostei deles mas me machucou lembrar que há alguns meses atrás as mesmas meninas estavam dizendo que seriam minhas amigas, que eu seria bem tratada e que eu era muito especial.
Já deitada em minha velha e gasta cama eu refletia "E se eu me mandasse? Não seria fácil sobreviver mas meu pai gastaria menos dinheiro, meus amigos de verdade não seriam mais motivo de chacota e a diversão daqueles filhos da mãe acabaria". Mais vantagens do que desvantagens, me parecia interessante.
De manhã fiquei um bom tempo contemplando a tigela de cereal, poderia ser a última. Vislumbrei minha mãe completamente descabelada lavando a louça, nunca mais a veria assim. Meu pai gritou comigo para que eu recolhesse as toalhas molhadas, sentiria falta disso inclusive. Minha irmã tinha acabado de derrubar leite achocolatado nos meus cadernos, não ligava pois não precisaria mais deles. Não gritei, não olhei, apenas levantei e tomei o caminho da escola.
Não fiz absolutamente nada por lá, prestei atenção somente. Prestei atenção em cada palavra dita pelos amigos, pelos professores, pelos diretores, até pelo faxineiro e pela dona da cantina, agora eles eram oficialmente uma mera lembrança de alguém que não existia mais.
– Vou para Los Angeles esta noite.
– Vai visitar seus tios? Eles não são de San Francisco? Liz esforçava-se para não me dar ouvidos.
– Eu não vou visitar ninguém, vou a um encontro. Mantinha meu olhar firme no horizonte dos campos abertos - Um encontro comigo mesma.
– Nossa Maryann, você está mais esquisita do que nunca! Meu amigo Carter conhecia minha estranheza mas a admirava - O que há?
– Eu cansei. Dessa cidade monstra, dessa gente com cérebro de ervilha, esse lugar não é meu, não é minha casa. Apenas nasci aqui por ironia do destino mas essa não é minha cidade. E tratem de esquecer de mim porque eu vou esquecer de vocês. De agora em diante eu sou Mary May, Maryann morreu.
Deixei-os no banco gelado de concreto, provavelmente ficaram me olhando pelas costas com expressões de tristeza ou decepção. Mas eu realmente não estava me importando.
Era outono em meados do anos 1980 e tudo estava muito frio e escuro, mais do que o normal. Não pulei a janela e não pratiquei nenhuma outra peripécia, saí de casa pela porta da frente com uma calça jeans, uma camiseta com a cara do Paul Stanley por baixo de uma antiga camisa xadrez do meu pai, a tal jaqueta horrorosa dos anos 60 e o Chuck Taylor veterano de guerra. Na mochila mais algumas camisas, umas roupas de baixo, coisas para enganar a fome e o dinheiro do lanche da Maddie. As irmãs sempre perdoam...
Los Angeles era o berço do cenário Hard Rock desde o fim dos anos 70 e meu sonho sempre foi formar uma banda, infelizmente eu mal tocava campainha. A Minha Cidade também era perigosa e eu sabia bem disso, vi nos jornais os altos índices de tráfico, violência e prostituição. Dane-se, eu precisava ver.
Peguei o ônibus mais fodido e barato para lá, no caminho imaginei minha família se deparando com minha cama vazia, aí sim tive vontade de chorar. O que me impediu de voltar foi a minha excepcional (in)certeza que tudo daria certo afinal. Horas e horas, nem consigo ter ideia de quantas mas pareceu uma eternidade até a Califórnia. Até a descida do ônibus me achava forte e diferente, mas tudo por lá era fora da minha compreensão.
Os caras usavam mais aquela porcaria de laquê e mais maquiagem do que todas as garotas que eu conheci na vida, e as garotas... Os shorts pareciam que adentrariam suas almas perdidas e as saias estavam mais para cintos. Eu realmente era uma caipira careta, quanta decepção! Precisaria de muito mais para mudar o mundo.
Larguei meu corpo cansado em frente a uma lojas de aparelhos eletrônicos de última geração, era a primeira vez que via um Atari 2600 de perto. De dentro do estabelecimento pude ouvir "Home Sweet Home", a nova canção do Mötley Crüe. Depreciando-me cada vez mais, peguei no sono.
O movimento intenso do tráfego me acordou, já não possuía mais noção de tempo ou espaço. E as pessoas na rua nem se importavam comigo.
O desespero bateu à minha porta - antes eu tivesse uma - bem mais cedo do que eu imaginava. Por que eu saí de casa? Por que eu me separei deles? Desejava muito um abraço da minha mãe, era uma criança ainda. Eu exagerei, talvez minha situação melhorasse em pouco tempo mas eu não esperei, não pensei tão bem como achei que tinha.
Havia uma voz e ela dizia que era preciso continuar. O Diabo quem sabe, ouvi sobre isso no culto, ele nos tenta a fazer coisas ruins. Não podia ser pois esse chamado me passava segurança.
Andei algumas quadras e consegui pagar um café requentado com com bolinhos velhos numa espelunca qualquer. O lugar era escuro e úmido e muitos motociclistas mal-encarados circulavam por ali. Enquanto eu engolia aquela coisa nojenta lembrei-me dos biscoitos no fundo da mochila, gastei dinheiro à toa, que ódio. Saí rápido enquanto uma briga se formava.
Vaguei até a noite. Vi muita coisa exótica, digamos e como a noite era agitada. Não pude perceber isso antes mas o lugar poderia ser bem divertido. Músicos entravam e saiam de estúdios independentes, garotas rebolavam pelas calçadas e grandes motocicletas rugiam alto se misturando ao som que vinha das casas noturnas, infelizmente a grana era curta para qualquer curtição.
Um estabelecimento mais simples mantinha a porta entreaberta, o cartaz anunciava um show da banda Guns N' Roses, nunca ouvi falar mas o som deles era bom. Lá dentro uma meia dúzia de doidões e algumas garçonetes, fiquei olhando. O vocalista me irritou a princípio com sua voz esganiçada, parecia uma ave migratória sendo torturada e a cara do guitarrista nem existia debaixo de uma vasta cabeleira cacheada. Permaneci de pé no fundo do bar ou o que quer que aquilo fosse até o final da apresentação, em toda minha ignorância podia jurar que aqueles caras tinham futuro.
Um pouco depois de todo mundo se mandar - umas dez ou onze pessoas - eu continuei esperando. Para ser sincera eu tinha segundas intenções com um deles, principalmente para com o vocalista. Roqueiros sempre me deixavam excitada mas depois eu fiquei com medo, meu lado puritana rejeitava quaisquer tipo de gente alterada por álcool, drogas e outras substâncias ilícitas.
Eles berravam eufóricos e chapados.
– Porra, vocês viram quanta gente? O baterista, um louro meio atarracado ria descontroladamente. Tinha os olhos vermelhos.
– Stevie, seu grande filho da puta, o que você tá dizendo? Um outro louro cumprido e magro, afinava seu baixo e ria.
De repente uma cadeira voou perto da minha cabeça. Alguém se descontrolou e xingava enrolando a língua enquanto quebrava tudo o que via pela frente. Izzy, um branquelo de cabelos pretos ensebados e o louro alto, Duff, seguraram-no pelos braços com força.
– Axl para com isso cara! Você sabe que não é fácil conseguir um espaço com tantas bandas se formando por aí caralho!
– Cala essa merda dessa boca, vocês sabem que do jeito que anda nós nunca... Nunca ouviram?... Vamos chegar no nível daqueles fudidos do Aerosmith, Motley Crue, Kiss e outras drogas.
– Drogas cara? Steven parecia ofendido.
– Não enche! É modo de dizer!
Slash, o guitarrista cabeludo olhava para os lados impaciente e fungava de cinco em cinco segundos. Izzy mantinha o olhar no teto e dava chutes no carpete.
– Tudo o que nós precisamos é de um pouco de paciência.
Os cinco se olharam.
Assim que eles saíram pela porta lateral fui correndo até a entrada principal e dei a volta, tentando forjar um "esbarrão acidental". Infelizmente não havia mais ninguém ali... Até que ouvi latas de lixo sendo derrubadas. Axl não conseguia se manter de pé, ficou de joelhos no meio do lixo e continuava xingando.
– Ei! Eu ouvi você lá dentro e...
– Tenho pena de você.
– Não, o som é muito bom, eu compraria todos os LPs. Sabe, vocês são completos, tem ótimo vocal - lancei um olhar furtivo e ele sorriu de volta -, ótimos guitarristas, enfim são todos bons só precisam de... Como ele disse... Um pouco de paciência.
– Ah! O Izzy e suas frases de efeito, que sacana!
– Vem, eu te ajudo a levantar e você me paga um jantar.
– Desgraçada. Mal me conheceu e já quer levar minha grana. Os caras devem estar enchendo a cara no Lou's.
Ele passou o braço pelos meus ombros e caminhamos até o final da rua. O cheiro forte de whiskey não me incomodava nem um pouco.
Curiosamente eles não estavam lá. Nós comemos uns hambúrgers com batata e refrigerante. Na escuridão de onde estávamos antes não pude perceber seus longos cabelos ruivos intensos, seu olhos esverdeados se destacavam na pele branca, um nariz proeminente e de linhas bem esculpidas. Merda, adolescentes são volúveis demais! Acho que estava me apaixonando.
Depois, não me lembro mais de nada, sei que fui apresentada à minha primeira dose de Jack Daniel's e ao meu primeiro cigarro, passei por uma agitação que não sei como explicar... Finalmente descobri o que era um homem, meu pai já não era mais o meu exemplo.
Acordei sozinha num quarto medonho curiosamente vestida, um café um pouco menos terrível do que aquele primeiro me esperava na mesinha de cabiçeira junto com o um bilhete.
"Eu devia ter te adotado, não... Enfim. Tá na cara que você não é dessas vagabundas que andam por aí, talvez eu não me esqueça de você.
Te fiz uma letra hoje de manhã. Atrás da folha, até algum dia.
W.Axl Rose"
Eu estava me odiando e odiando aquele safado filho da puta, acontece que a bebida muda as pessoas, para pior, uma garrafa e meus pensamentos mais sórdidos se transformaram em ações. E esse bilhete, era tão grosseiro, parecia que não estava nem ligando e ainda mentiu porque era óbvio que me achava uma vadia.
Virei a folha, a canção estava intitulada "Patience" e trazia no refrão a tal frase de Izzy. Que feio roubando as ideias dos amigos. O que importa é que era uma verdadeira declaração de amor, mesmo que ele não me amasse, mas os músicos compõem por qualquer coisa. E como se uma borracha gigante passasse pelo meu cérebro tudo de mau que eu pensava dele sumiu. Era mesmo muito linda. Um tempo depois ele a dedicou a uma tal Stephanie não-sei-das-quantas, não me ofendi porque eu sabia que era mentira.
Se não me engano o Guns N' Roses foi para San Diego promover uns shows, finalmente ganharam a merecida oportunidade. Lembro-me de dois anos depois ter os escutado na rádio com a música que viria a ser um dos hinos do rock, "Sweet Child O'mine", e de ter me orgulhado muito. Se tornaram uma puta de uma banda.
Ganhei algumas pratas trabalhando numa loja de discos e fui para Nevada, e felizmente a vida sorriu para mim, em 1998 entrei numa sociedade com um grande amigo chamado Kent Stanishole e abrimos uma casa de shows em Las Vegas. Axl, Slash e Steven aparecem por aqui às vezes para prestigiar nos eventos - espero ver Izzy e Duff algum dia. Aqueles anos 80 foram os mais loucos e inesquecíveis da minha vida, aliás, que viveu nessa década certamente tem muito o que contar.
Agora que me lembrei de tudo isso descobri como as pessoas são hipócritas, acho que vou liberar Sarah. Pelo amor de Deus, eu fui pra rua com 16 por que ela não pode morar com a tia avó? Aproveito que ela vai estar longe e curtir os anos que me restam. Ah, e quanto ao pai dela, não faço ideia de quem seja mas ela tem belos olhos esverdeados.

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Bem, espero que tenham gostado. Na verdade não é um grande romance ou coisa parecida - apenas resultado de uma mente fanaticamente insana - mas fiquei feliz com o resultado!

Adeus! :)


Encontro ORJ - 14/10/2012

Essa foi a primeira vez que eu participei de um desses encontros de leitores e a coisa se saiu melhor do que eu imaginava!

ORJ pelo que eu entendi é o nome de um grupo de leitores assíduos dos livros de Percy Jackson, do autor Rick Riordan e eles organizam encontros como estes constantemente. Acontece uma confraternização, atividades inspiradas nas que os personagens praticam e até um lanchinho.

Eu nunca li nenhum livro sobre Percy Jackson mas tenho uma simpatia pela história de adolescentes dos dias de hoje que são filhos de deuses da Antiga Grécia então fui fazer companhia à minha amiga Mari e matar um pouquinho a curiosidade...

É incrível o jeito como as pessoas do grupo vestem a camisa! Eles são separados por "chalé" - como no Acampamento Meio-Sangue no livro - de acordo com o deus que que é "filho". A Mari é do chalé de Atena. Tem de Hermes, Afrodite, Dionísio, Apolo, Poseidon, etc.

Participei do "Queimado Semi-Deus" e da "Caça À Bandeira". Aliás foi cômico com esse meu preparo físico! Fiquei correndo pelos gramados da Quinta da Boa Vista feito uma jamanta desembestada. Nem tinha ideia do que eu estava fazendo direito, enfim.




Não tirei muitas fotos, só essas da brincadeira da qual eu não participei. Envolvia água e um lugar cheio de terra. URGH! Eu só vi que esses meninos ficavam correndo de um lado pro outro enquanto aquelas pessoas ali do lado tacavam bexigas de água e bolas de futebol na direção deles. É.

Na verdade parecia legal mas eu não corro muito bem e tal, e não queria me molhar. Não sou sexy o suficiente!

Pediram para levar algo de comer/ beber azul. Eis o nosso refri azul (a.k.a Sprite com anilina de bolo ;D)

 "Do lado" havia um encontro de cosplays. Jack Sparrow estava caminhando, dando sopa então a Mari foi atrás dele pra tirar uma foto! E a Vivian foi me arrastando até ele.


(Esq. para dir.) Mariana, Marianna (eu), Vivian e o refri azul!

No final - a Vivian torceu  pé muito feio numa raiz de árvore - eu, Mari e Danilo (muito gente boa, amigo delas que eu conheci lá) atravessamos um córrego por cima de uma árvore caída. O que deu mais magia e emoção ao negócio. Lá do outro lado um outro grupo, menor e simpático, também estava reunido. Eram os narnianos e estavam prestes a começar a próxima atividade. OBS: O ambiente era mágico! É sério.

Conversa vai, conversa vem lancei um "Eu só vim olhar porque eu adoro As Crônicas de Nárnia!". Aí pronto, entrei e não saí mais, até esqueci da Mari e do Danilo. Participei do quiz, conheci pessoas novas e muito bacanas e agora sou oficialmente uma súdita do Rei Edmundo, O Justo. haha

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Meu soberano. 
Viva o Rei Edmundo! <3

Bem, foi um dia maravilhoso! Obrigado povo do ORJ e do Nárnia RJ ;)